Por: CHICO VELLOZO - 25/02/2025 14:35:12
Quando a emoção perde pra razão!
Quem acompanha esta Coluna já deve ter percebido que gosto de comentar as letras de algumas canções. Em Chuvas de Verão, fiquei encantado com uma tomada de decisão muito difícil descrita de maneira intensamente inspirada. - No detalhe: Fernando Lobo
Durante muito tempo atribui a autoria da letra a Caetano Veloso, mas sempre achei que não combinava muito com o perfil do famoso baiano, que na época que fez sucesso interpretando a canção ainda era muito jovem. Recentemente resolvi aprender a letra e descobri que a canção foi composta por Fernando Lobo, pai do “erudito” compositor Edu Lobo.
A canção trata de uma relação desgastada em que o amor não mais existe: “Podemos ser amigos simplesmente / Coisas do amor nunca mais / Amores do passado no presente / Repetem velhos temas tão banais”
O anúncio da decisão é doloroso e sempre se paga um preço pelo ato. Entretanto, uma relação tóxica não deve perdurar: “Ressentimentos passam como o vento / São coisas de momento / São chuvas de verão / Trazer uma aflição dentro do peito / É dar vida a um defeito / Que se cura com a razão”
Com maturidade e equilíbrio, ciente da necessidade de romper uma relação que não tem mais nenhum futuro, fica clara a consistência da decisão: “Estranha no meu peito / Estranha na minh'alma / Agora eu vivo em calma / Não te desejo mais”.
Quem já passou por isso se identifica com o contexto do ocorrido. Ninguém entra numa relação amorosa premeditando o fim. Lamentavelmente, os desencontros vão corroendo a emoção e abrem espaço para que a razão prevaleça.
Chuvas de Verão
Fernando Lobo
Podemos ser amigos simplesmente
Coisas do amor nunca mais
Amores do passado no presente
Repetem velhos temas tão banais
Ressentimentos passam como o vento
São coisas de momento
São chuvas de verão
Trazer uma aflição dentro do peito
É dar vida a um defeito
Que se cura com a razão
Estranha no meu peito
Estranha na minh'alma
Agora eu vivo em calma
Não te desejo mais
Podemos ser amigos simplesmente
Amigos, simplesmente, nada mais