Por: CARLOS ROSA MOREIRA - 04/03/2025 18:00:02

EQUUS

Tenho um amigo que aos sessenta anos resolveu aprender a andar a cavalo. Mandou-me uma foto, na qual aparece montado garbosamente num tordilho.,,

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..É sempre bom tornar realidade algo guardado na arca dos sonhos, não importa a idade. Confesso ter sido tocado pelo germe.
Já pensei em tomar aulas de equitação. Devido ao meu trabalho, várias vezes precisei percorrer terras e apartar gado montado num ca

É uma histórica dupla, homem e animal. Deve ser muito bom ter um cavalo como amigo. Mas cavalo pede campo, planícies, natureza.

Cavalgar em estradas calçadas ou no meio urbano não me apraz. Certa vez, em viagem pelo interior do Nordeste, vi hábeis cavaleiros em ação. Eram os encourados ginetes do agreste. Homens fisicamente rústicos que se tornam subitamente belos pela determinação e coragem. O companheiro desses heróis é o modesto, mas incomparável Cavalo Nordestino. Esse nobre animal de porte médio torna-se um Pégaso no duro trabalho no sertão. Descende dos cavalos de guerra norte-africanos e de raças originárias da Península Ibérica.

Chegou aqui nos primórdios do Brasil-Colônia. Acostumado às batalhas e ao solo árido, com seus cascos resistentes que dispensam ferraduras, tornou-se o parceiro ideal do homem na conquista das terras nordestinas.

Na rudeza das vaquejadas, num só corpo, numa só valentia, cavalo e cavaleiro disparam caatinga adentro no encalço do gado fujão, sem temer espinhos e as pedras aguçadas do solo. É bonito de se ver.


O Cavalo Nordestino é uma riqueza brasileira. É forte como seu companheiro humano. Ambos são um orgulho nacional.


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